terça-feira, 24 de abril de 2012

Descrição da Atividade: "Mas por que Estados Unidos e Canadá?!"

Visamos construir as noções que envolvem o conceito de região e assim discutirmos esta regionalização cultural da América em Anglo-saxônica e Latina. Problematizar a regionalização devido às homogeneizações que causa.

Começamos avaliando o quanto os alunos sabiam sobre o conceito de Regionalização. O que é uma região? O que é regionalizar? Que regiões vocês conhecem? Palavras-chave no quadro, valorizando suas opiniões, seus conhecimentos prévios, estimulando a participação na atividade.

Criamos uma fronteira, dividindo a sala em duas "partes" com um barbante. Que critérios usamos para dividir a sala desta forma? Depois dividimos os alunos com critérios objetivos: gremistas em uma região, colorados em outra. Depois por idade. Em seguida, alguns critérios subjetivos. Aqueles que estão com tênis mais claros, em uma região; tênis mais escuros em outra. Neste momento, uma aluna afirma estar com o tênis sujo, então deveria ficar na mesma região que a melhor amiga, que calçava tênis preto. Puro interesse! Expressou a tendenciosidade que acompanha todo o processo de regionalização. Costumamos ver isto, por exemplo, quando uma cidade luta para ficar na Região Metropolitana de Porto Alegre para receber alguns benefícios.

Terceiro momento da atividade: formamos regiões de acordo com o sexo e proximidade. Os integrantes das regiões deveriam, então, dar um nome a esta região. Um nome que expressasse critérios comum nos integrantes. Sempre se cercando com o barbante, representando a fronteira desta região.

Num misto de brincadeira com competição, deixamos os alunos formarem regiões com critérios secretos. Alguém formava as regiões e o grande grupo analisava e tentava adivinhar qual critério fora utilizado. Alguns alunos não se conformavam em ficar na sua região; não eram iguais aos outros, para estar lá. Destacamos um dos problemas em regionalizar: a homogeneização. A formação de uma região destacava algo que tinham em comum e não valorizava suas peculiaridades.

Na segunda metade da atividade, chegamos à regionalização da América. Agora cada aluno seria um país.  Receberam crachás com o nome do país, um mapa com a sua localização (para que pudessem ver seus países limítrofes) e dados sócio-econômicos atuais (para que interpretassem como resultado do tipo de colonização que o país sofreu).

Cada um apresenta seu país, ressaltando o seu idioma e país(es) colonizador(es) e qual tipo de colonização sofreu: exploração ou povoamento. Exemplo: "Meu país é o Brasil, falamos português, fomos colonizados por Portugal, numa colônia de exploração". Em seguida pedimos que formassem regiões de acordo com a colonização que sofreram. Depois, fizemos o mesmo com cada critério sócio-econômico que fornecemos dos seus países. Delimitamos a abrangência dos critérios, para não houvesse grandes disparidades dentro de uma mesma região, analisando determinado critério: PIB, por exemplo.

Estados Unidos e Canadá (representados por dois alunos) normalmente eram separados dos outros países devido às suas características resultantes das suas colonizações. Refletimos sobre isto. Compreenderam, e não decoraram, por que EUA e Canadá formavam a América Anglo-saxônica.

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